
Gustavo Moura, em desacordo, riposta com os êxitos da Autonomia e com a constatação do seu sucesso, enquanto sistema político-administrativo, para o desenvolvimento e a substancial melhoria dos níveis e qualidade de vida dos açorianos em todas as ilhas.
Dir-se-ia à primeira vista estarmos perante visões incontornavelmente opostas da mesma realidade. Julgo no entanto que, nesse caso, cometeríamos um erro de princípio, pois estaríamos simplesmente a apreciar visões diferentes de uma realidade pressuposta como imutável, quando esta, ao contrário, se move e é evolutiva, sofrendo ao longo do tempo alterações que importa analisar. E é a análise da evolução específica da realidade dos Açores o que, em minha opinião, torna afinal perfeitamente contínua e integrável num só discurso a aparente divergência dos pontos de vista referidos.