Deixando no Terreiro do Paço, apadrinhados por si, uma ditadura de
mercados e um governo (de “canalhas”, como foi classificado por Samuel,
um cançonetista e um pensador português da actualidade) com ordem para
escavacar tudo o que é Estado (incluindo as Autonomias Constitucionais)
sem deixar nada no lugar daquilo que existia, em nome de uma abençoada e
impagável dívida, veio candidamente de visita às ilhas mais pequenas
dos Açores o Sr. Presidente da República, segundo ele para “dar uma
ajuda ao reforço da coesão nacional”.


A Direcção Regional do PCP Açores analisou os traços mais salientes da situação política regional e nacional e definiu as tarefas imediatas da organização no plano partidário e institucional. Estas tarefas ligam-se inevitavelmente à necessidade de dar resposta à ofensiva contra as condições de vida dos açorianos e ao ataque à Autonomia dos Açores, levado a cabo em nome da ingerência e agressão externas de que Portugal é alvo. Destaca-se assim, o lançamento de uma campanha de esclarecimento e mobilização dos açorianos, pela rejeição do programa de agressão ao Povo e ao País, contra o roubo no subsídio de Natal e contra o gravíssimo ataque à Autonomia açoriana que ele implica.
Só pode ficar espantado com a revelação de que o Governo da Região
Autónoma da Madeira contraiu ilegalmente divida publica desde 2004, quem
sempre tentou ignorar ou camuflar a natureza do regime regional
protagonizado por Jardim. Muito embora o quadro constitucional que rege a
vida pública na Madeira seja claramente democrático, a prática política
lá desenvolvida representa a maior e mais longa distorção à democracia
praticada em Portugal depois do 25 de Abril.