CDU AçoresCDU Açores

  • Entrada
  • Temas
    • Parlamento Regional
    • Assembleia da República
    • Parlamento Europeu
    • PCP
    • PEV
    • Economia
    • Trabalhadores
    • Serviços Públicos
    • Saúde
    • Educação e Cultura
    • Transportes e Turismo
    • Justiça
    • Acção Social
    • Ambiente e Mar
    • Outros temas
  • Ilhas
    • Santa Maria
    • São Miguel
    • Terceira
    • Graciosa
    • São Jorge
    • Pico
    • Faial
    • Flores
    • Corvo
  • Opinião
  • Contactar
    • Sedes da CDU
  1. Entrada
  2. Opinião
  3. Coragem
24 agosto 2011

Coragem

  • Imprimir
  • Email
Twitter
Mário AbrantesSócrates proclamava a coragem do seu governo, ao tomar medidas de política que atingiam massivamente, de forma negativa, os seus mais débeis compatriotas. Chefiado agora por Passos Coelho, o governo, com maior coragem ainda (tanta que até se “atreve” a ir além dos compromissos assinados com a troika com a mesma convicção com que os portugueses navegaram para além da Taprobana), alarga e aprofunda a gravidade das, afinal semelhantes, medidas que aplica aos seus (mesmos) mais débeis compatriotas. Os dirigentes da UE saúdam o Governo português por assumir, em nome de uma dívida por explicar (sem responsáveis e impagável nas actuais condições), a empreitada corajosa de penalizar todo um povo por isso, poupando precisamente aqueles que têm vindo a concentrar em suas mãos, nas últimas décadas, a riqueza que ao país tem fugido. 
Falamos da coragem com que, invocando os interesses nacionais, um poder político directo e (agora) absoluto, servil aquém e além-fronteiras a aliados e comparsas com um imenso poder económico, impõe (sem contrapartidas palpáveis) sacrifícios, austeridade, desemprego, recessão e pobreza aos trabalhadores e ao povo em geral, isto é, a uma imensa mole de gente enfraquecida.
Uma coragem do mesmo género que aquela com que os EUA, invocando a posse de armas de destruição maciça nas mãos do agredido, se apoderaram, pela força de armas reais, do petróleo do Iraque, ou daquela com que a França e a Inglaterra, invocando a segurança e a protecção das populações e fazendo uso dos mesmos argumentos bélicos, providenciaram agora apoderar-se do petróleo da Líbia.
Falamos da coragem dos fortes para atacar os fracos, em defesa de interesses diversos dos invocados para o fazer. Uma coragem cobarde e hipócrita, portanto, mas que merece o crédito amplificado e a serventia de economistas de última hora ou de comentadores carreiristas e grandiloquentes, com a qual atazanam persistentemente os ouvidos do desgraçado que liga uma qualquer estação de rádio ou televisão.
Uma outra coragem é a daquele que, sofrendo a injustiça, se rebela e luta, mesmo debilitado, ou daquele que, vendo a razão para lá do interesse restrito ou individual, não acomoda a consciência a estes últimos.
Vindas, penso eu, da área troikana ou de gente partidariamente não alinhada começam a manifestar-se vozes discordantes com o verdadeiro assalto a que o país está a ser submetido por conta de interesses alheios. Como exemplos recentes, na imprensa nacional (Jornal de Notícias de 3 de Agosto), cito Jorge Fiel ou Manuel António Pina.
Mas destaco, no mesmo sentido, o homem da Lei de Finanças Regionais: Eduardo Paz Ferreira, e cito-o em artigo que escreveu para a revista TOC, de Junho deste ano, criticando como não boas nem originais as medidas previstas no memorando da Troika: “Recorde-se apenas o extenso e aceleradíssimo programa de privatizações, que tirará do país qualquer controlo sobre actividades essenciais e se traduzirá, obviamente e em face do calendário, numa venda de jóias de família a preços de ocasião.”
O compromisso com a Troika pode ser solução para alguns iluminados, mas, ao invés, é desta coragem, e da razão dos fracos, que, sem sombra de dúvida, virá a acender-se a luz ao fundo do túnel!
Mário Abrantes
  • Anterior
  • Seguinte

Mais recentes

Um Plano e Orçamento que não responde ao que é essencial para os açorianos e conta com o apoio de Chega e passividade de PS 04 dezembro 2025
Privatização da Azores Airlines e do handling: Um erro que custa milhões aos Açorianos 25 novembro 2025
PCP Açores denuncia agravamento das desigualdades e apela à mobilização dos trabalhadores 17 novembro 2025
Propostas de alteração ao Orçamento de Estado para 2026 com especial interesse para os Açores 13 novembro 2025
Privatização da Azores Airlines: um negócio cada vez mais obscuro que ameaça os Açores 11 novembro 2025

Siga-nos no Facebook

Siga-nos no Facebook

Jornal «Avante!»

Jornal Avante! Órgão Central do PCP (todas as quintas-feiras nas bancas)

Boletim Informativo do PEV

Boletim Informativo Quinzenal do PEV
  • Entrada
  • Temas
    • Parlamento Regional
    • Assembleia da República
    • Parlamento Europeu
    • PCP
    • PEV
    • Economia
    • Trabalhadores
    • Serviços Públicos
    • Saúde
    • Educação e Cultura
    • Transportes e Turismo
    • Justiça
    • Acção Social
    • Ambiente e Mar
    • Outros temas
  • Ilhas
    • Santa Maria
    • São Miguel
    • Terceira
    • Graciosa
    • São Jorge
    • Pico
    • Faial
    • Flores
    • Corvo
  • Opinião
  • Contactar
    • Sedes da CDU