A Direcção Regional do PCP Açores analisou os traços mais salientes da situação política regional e nacional e definiu as tarefas imediatas da organização no plano partidário e institucional. Estas tarefas ligam-se inevitavelmente à necessidade de dar resposta à ofensiva contra as condições de vida dos açorianos e ao ataque à Autonomia dos Açores, levado a cabo em nome da ingerência e agressão externas de que Portugal é alvo. Destaca-se assim, o lançamento de uma campanha de esclarecimento e mobilização dos açorianos, pela rejeição do programa de agressão ao Povo e ao País, contra o roubo no subsídio de Natal e contra o gravíssimo ataque à Autonomia açoriana que ele implica.
Só pode ficar espantado com a revelação de que o Governo da Região
Autónoma da Madeira contraiu ilegalmente divida publica desde 2004, quem
sempre tentou ignorar ou camuflar a natureza do regime regional
protagonizado por Jardim. Muito embora o quadro constitucional que rege a
vida pública na Madeira seja claramente democrático, a prática política
lá desenvolvida representa a maior e mais longa distorção à democracia
praticada em Portugal depois do 25 de Abril.
Já todos reparámos que a crise financeira existente está a começar a ser esgrimida como instrumento de políticas de redução da Autonomia política e administrativa dos Açores e da Madeira. Não admira que assim seja, pois essa mesma crise é usada contra os direitos de quem trabalha, contra todas as conquistas sociais que foram construídas ao longo do tempo e contra todos os avanços civilizacionais alcançados.
A crise financeira actual, resultante de decénios de políticas deliberadamente erradas, é, no fundo, o meio de procurar impor recuos em tudo o que representa progresso e evolução positiva, em direcção a uma sociedade mais justa. Sabendo que me acusarão de usar chavões, não posso deixar de dizer, com todo o rigor, que a crise financeira actual mais não é do que o maior ataque de sempre que o grande capital financeiro internacional está a fazer aos Povos do Mundo.
Miguel Relvas, ministro que tutela o serviço público de televisão, veio dizer que a RTP/A e a RTP/M passarão a ter 4 horas de emissão diária no final de cada dia. Ao dizer isto, invocando a despesa actual que quer diminuir, está a dizer que os respectivos centros regionais irão ser reconfigurados, irão ver as suas capacidades produtivas muito diminuídas, irão deixar de ter capacidade e tempo para tratar as questões regionais e para difundir as culturas próprias de cada Região, irão ver os seus quadros de pessoal minguar dramaticamente, irão deixar de ser pólos dinamizadores da economia regional nas áreas do multimédia, irão deixar de cumprir o papel de serviço público específico que a Autonomia exige.