Governar por cortes e a decretar impostos, não tem qualquer engenho ou arte política. Não custa nada, a não ser os ordenados e as alcavalas que usufrui quem assim (dispensavelmente) governa. É fácil, é barato e dá milhões…
Cortar em 8 meses nas transferências sociais do Estado, isto é, na educação, saúde e segurança social, mais de mil e novecentos milhões de euros e cortar cerca de 10% nas remunerações da função pública, poderá chamar-se a isto: “eliminar as gorduras do Estado”? Aumentar em 900 milhões os impostos deste ano, à custa do IVA sobre o gás e a electricidade e à custa dos cortes no subsídio de Natal; cobrar outros tantos milhões pela incidência do IVA sobre bens de 1ª necessidade; pelas restrições às isenções de IRS na saúde e educação e pelo aumento do IMI, isto é coragem política para combater o défice? Reduzir pagamentos de feriados e horas extra, cortar nos subsídios de desemprego e indemnizações por despedimento sem justa causa, isto é incentivar a actividade produtiva?