Na sua intervenção, no encerramento do debate sobre o Plano e Orçamento da Região para 2016, o Deputado Aníbal Pires considerou que se está perante a continuação de uma política falhada e destrutiva, de uma política que falhou em desenvolver o nosso sector produtivo e se recusou a protegê-lo das flutuações internacionais; da política que tudo fez e tudo faz para tornar mais barato o custo do trabalho, mais baixas as remunerações dos trabalhadores, mais precários e com menos direitos os seus vínculos; da política que recusa aligeirar os sacrifícios das famílias, aliviando-as dos que são os seus grandes custos, como são a eletricidade, os manuais escolares, as taxas moderadoras ou a taxa mais elevada do IVA, e, sobretudo, a continuação da política que esqueceu o primeiro dos objetivos da Autonomia: a coesão social e territorial dos Açores. E, assim, continua a centralizar medidas e investimentos onde for preciso ganhar votos ou consolidar clientelas, de um lado, e a contribuir para o esvaziamento e a agravar a desertificação.