O Deputado do PCP eleito pela ilha das Flores, João Paulo Corvelo, questionou hoje o Governo Regional, através de um Requerimento, sobre os abusos a que são sujeitos os trabalhadores em programas ocupacionais no Hospital do Divino Espírito Santo (HDES) em Ponta Delgada.
O PCP denuncia que, apesar de estarem integrados num programa formativo/ocupacional, os trabalhadores são forçados à prestação de trabalho por turnos e trabalho suplementar, sem direito a qualquer remuneração extraordinária, como subsídio de refeição, subsídio de turno, horas extraordinárias, subsídios de Férias ou de Natal e nem à hora de almoço têm direito, o que é de uma gravíssima injustiça e constitui na prática um regime de inaceitável exploração.
No HDES, os Assistentes Operacionais (AO) do Programa Recuperar são essenciais e indispensáveis para garantir a rotação dos trabalhadores, sendo efectivamente utilizados para suprir necessidades permanentes dos serviços, em óbvia e evidente violação do regulamento deste programa.
A comprová-lo está o facto desta entidade ter aberto concurso para contratação de 49 Assistentes Operacionais, em Outubro de 2014, dos quais acabou por integrar apenas 20, optando por enquadrar mais trabalhadores do Programa Recuperar, substituindo, assim, efectivamente os trabalhadores seleccionados por concurso.
O PCP exige saber que medidas vai o Governo tomar para alterar esta situação e se pretende efectivamente contratar os Assistentes Operacionais necessários para o normal funcionamento dos serviços do Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, integrando nomeadamente os trabalhadores que foram seleccionados por concurso em Outubro de 2014.
João Paulo Corvelo, Deputado do PCP eleito pela ilha das Flores, apresentou hoje um Requerimento questionando o Governo Regional sobre o atraso no pagamento do serviço de transporte escolar na ilha do Pico, que levou ao atraso no pagamento do subsídio de Natal aos trabalhadores da empresa de transportes.
O PCP denuncia que, de acordo com a informação disponível, verifica-se que as escolas da Madalena e São Roque não efectuaram pagamentos neste período escolar e que a Escola das Lajes do Pico não efectuou qualquer pagamento durante o ano de 2016, criando uma situação insustentável para a empresa concessionária deste serviço.
A consequência grave é o atraso no pagamento do subsídio de Natal aos seus trabalhadores, situação tanto mais inadmissível, quanto decorre do incumprimento de obrigações por parte da própria Administração Regional.
O PCP considera que que seja urgentemente reposta a regularidade dos pagamentos para que sejam respeitados os direitos dos trabalhadores e lhes seja pago o subsídio de Natal devido e assim quer saber qual é o atraso total existente nestes pagamentos e o que explica esta situação, bem como quando serão pagas as verbas devidas à empresa em causa.
O PCP considera que os bombeiros desempenham um serviço público vital para as nossas comunidades e para a segurança dos cidadãos e por ele devem ser não apenas elogiados, mas também devidamente valorizados enquanto profissionais e, desde logo, ver os seus direitos retributivos e laborais escrupulosamente respeitados.
Este atraso é difícil de entender, uma vez que as associações de bombeiros recebem do Serviço Regional de Protecção Civil as verbas necessárias para estes subsídios.IImpõe-se, portanto, que seja reposta a legalidade e respeitados os direitos dos bombeiros, pagando-lhes com a máxima urgência os subsídios que lhes são devidos. O PCP questiona o Governo se já transferiu todas as verbas devidas à Associação de Bombeiros da Madalena e quando será pago o subsídio de natal em dívida para com os seus bombeiros profissionais.