A informação, quando não é isenta, releva (ou não releva) factos e acontecimentos segundo critérios jornalísticos que escapam à deontologia da profissão, visando, sob as vestes da sua simples condição, atingir capciosamente algo mais do que informar.

A
pacatez da minha manhã do último sábado foi, de algum modo,
“perturbada” por uma bombástica declaração do Presidente do Governo
Regional, Carlos César, transmitida numa rádio, segundo a qual “existe
agora no País uma situação grave de anarquia legislativa” que impede o
Governo de governar.
A notícia de que o governo regional está
interessado em ver constituído um novo instituto público com vista a
concentrar em si, todas as matérias relacionadas com os transportes
terrestres, não deixa de levantar muitas dúvidas e interrogações que,
mesmo após a leitura da proposta de decreto legislativo regional, não
só não se dissipam, como se avolumam, tendo ainda em linha de conta o
facto de estarmos a falar de assuntos muito caros (não só em termos de
importância, mas também de preço) a todos os açorianos: a mobilidade e
os transportes.