Darwin, analisando critica e
criativamente factos, foi gerador de uma ideia em cuja polémica e de
cujas consequências globais nunca participou efectivamente: a teoria do
evolucionismo. Mal soube ele, no seu eterno descanso, as convulsões
que, entre os vivos, o seu trabalho desencadeou. Actualmente esta
teoria foi assumida pela humanidade como parte integrante do património
científico por ela adquirido, e aceite.

Desde há
muitos anos que ouço a óbvia constatação de que a proximidade
geográfica que existe entre as ilhas de S. Jorge, Pico e Faial obriga,
com utilidade para as populações de todas elas, a uma maior aproximação
económica, social, cultural e desportiva. Também, desde há muitos anos,
observo comportamentos de influentes locais de todas essas ilhas, que
mais não visam do que cultivar o isolacionismo e proteger pequeninas
capelas, contrariando um trunfo forte que a natureza nos ofereceu.
As propostas de Orçamento de Estado (OE) para o ano que decorre, acordadas entre o governo e a direita parlamentar, abençoadas por tudo o que é economista credenciado e bem colocado, político diletante ou simplesmente desempregado (da política, claro), e encomendadas pelos grupos económicos nacionais e transnacionais, pela banca, e pelo próspero sistema financeiro, são exactamente o oposto daquilo que o país quer e precisa, como o demonstrou o povo português ao retirar a maioria absoluta ao absolutista governo de Sócrates. Mais uma crise, as mesmas receitas.