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  3. Triângulo - Da natureza à vida económica e social
13 fevereiro 2010

Triângulo - Da natureza à vida económica e social

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José Decq MotaDesde há muitos anos que ouço a óbvia constatação de que a proximidade geográfica que existe entre as ilhas de S. Jorge, Pico e Faial obriga, com utilidade para as populações de todas elas, a uma maior aproximação económica, social, cultural e desportiva. Também, desde há muitos anos, observo comportamentos de influentes locais de todas essas ilhas, que mais não visam do que cultivar o isolacionismo e proteger pequeninas capelas, contrariando um trunfo forte que a natureza nos ofereceu.

 

De quando em vez aparece alguma iniciativa positiva, como são as Lojas do Triangulo, promovidas pela Cooperativa Agrícola do Faial, com o apoio claro da Adéliaçor ou como foram as parcerias feitas pelos pelouros da cultura e da acção social da Câmara da Horta, do mandato 05-09, com outros Municípios deste conjunto de ilhas e ainda as acções de planeamento promovidas pela Adéliaçor para esta área geográfica. Acontece porém que a tónica dominante não é essa. A Associação de Municípios do Triangulo mais não é do que uma instituição “em estado de coma”, por vontade, não disfarçada, da maioria dos Presidentes de Câmara destes seis Municípios, incapazes de terem uma visão aberta e estratégica sobre as potencialidades desta sub-região que a natureza criou. Os dirigentes das associações e núcleos representativos das actividades económicas destas ilhas também dão mostras de não se entenderem e de se dividirem por questões laterais e subsidiárias. Alguma da comunicação social sediada neste espaço também se “entretêm” em tentar, de forma tanto irracional como calculada, dificultar a necessária união, em vértices sólidos, dos catetos deste triângulo.

No meio de todos estes comportamentos há, naturalmente, diversas entidades da Região que ficam tão contentes que nem conseguem disfarçar! Lembro-me daquele episódio motivado por uma declaração, não casual, de um dirigente da Associação Regional de Turismo, que disse não ser o Triângulo um destino turístico, declaração que motivou votos de protesto e palavras “exaltadas”, mas que não motivou qualquer esforço político para, na prática, a contrariar. Pelo contrário, é essa mesma Associação que faz a promoção turística destas e outras ilhas, sem obviamente, pôr em destaque a proximidade e complementaridade destas que estão ao pé umas das outras. Ou seja, o que está na prática a ser feito, nessa área, é o que aquele dirigente declarou e que corresponde, aliás, às orientações do Governo Regional para o sector. Constato, com pena, que há dirigentes políticos locais que são incapazes de valorizar e defender o interesse local, quando isso implique contrariar de forma efectiva os poderes regionais. O Triangulo nunca será, em termos gerais, um destino turístico, enquanto não for promovido como tal. A Associação de Municípios do Triangulo poderia chamar a si esse papel e desempenha-lo em parceria com os já referidos representantes empresariais, que estão sempre a falar disto, mas que nunca querem chegar a conclusão nenhuma.

Hoje há mais e melhores transportes marítimos entre estas três ilhas, mas há um salto qualitativo que tem que ser dado e que se prende com o tipo de navio que deve ser usado, como espinha dorsal dessa rede de transporte. Penso que é indispensável que venham a existir pequenos navios rápidos de transporte de passageiros e viaturas, embora adequados ao tipo de mar e vento que cá temos, que possam ligar com muita frequência as três ilhas. Quando assim for, as “capelinhas” de todas elas desmoronam-se, os cidadãos e as empresas ganham espaço, a economia ganha dimensão, as complementaridades maiores e mais pequenas surgem com sentido pleno, a vida social e cultural liga-se com mais profundidade e os comportamentos “caciqueiros”, limitados e obedientes ficam a valer aquilo que valem mesmo, ou seja, nada.

 

Artigo de opinião de José Decq Mota, publicado no jornal "Tribuna das Ilhas" na sua edição do dia 12 de Fevereiro de 2010

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