Manifestando pouca boa fé para com aqueles com quem, de forma subliminar, lidam como adversários, já vai sendo habitual ver os partidos com poderes administrativos públicos aproveitarem as distracções de Verão para flagelar os ditos cujos, na expectativa de que a sua reacção, nesta época, será mais débil…
(O Leitor adivinhará facilmente de que “adversários” falamos)
Assim, no tempo quente, temos os residentes remediados a serem atacados de surpresa nos Açores com uma nova taxa – chamada “taxa de reemissão” - imposta pela SATA, sempre que necessitarem de alterar a sua reserva!
(Cada vez mais longínquas portanto as já famosas passagens a menos de 100 euros…)

Para além de nos confirmar aquilo que alguns responsáveis governamentais continuam a iludir, isto é, a permanência de uma crise que cada vez mais se assemelha a uma forte e prolongada depressão, a análise dos números oficiais relativos ao 1º semestre de 2010 diz-nos, também, curiosamente que, em média por dia:
A propósito da crise internacional do capitalismo, o
governo da República tem esbanjado dinheiro no apoio aos grandes grupos
económicos e financeiros, à banca e ao sector dos seguros. De fora das
grandes benesses ficaram, mais uma vez, as empresas familiares, a
criação de emprego próprio, os micro empresários, as empresas com
trabalhadores que não ultrapassam a meia centena. Marca de enorme revelo
e opção de classe, é o facto do Partido Socialista da República e da
Região optar por, em qualquer das linhas de apoio e dos escassos
benefícios colocados ao dispor dos pequenos empresários, ter como
intermediário estratégico o sector bancário, não obstante ter outras
alternativas, de maior alcance social e superior grau de justiça.