
Perante isto, o PCP considera urgente esclarecer os açorianos sobre o que verdadeiramente está em causa, quem são os responsáveis pela situação atual e quais são as perspetivas para a transportadora aérea, instrumento estratégico da nossa economia e mobilidade, que pertence a todos os açorianos.
O Deputado Aníbal Pires afirmou hoje no Parlamento que o Governo Regional tudo tem feito para adiar a descida dos impostos nos Açores,embolsando com isso alguns milhões de euros, violando o compromisso que assumiu e aniquilando qualquer réstia de credibilidade que a sua palavra pudesse ter.
O Deputado do PCP afirmou que o "seguidismo troikista" dos governos do PS Açores, que aplicou sempre com zelo todas as medidas de austeridade do Governo da República, recusando usar a Autonomia para proteger os Açorianos, arruinou a economia regional e empobreceu as famílias e os trabalhadores.
Comunicado da CDU Faial
PS e PSD devem assumir as suas responsabilidades
O anúncio da decisão da TAP em não concorrer às novas obrigações de serviço público nas ligações de Lisboa com as gateways da Horta, Pico e Santa Maria, que já era esperado, resulta directamente do processo de privatização da TAP e visa desligar a empresa de contratos de longa duração, favorecendo assim o futuro accionista privado e prejudicando de modo fortíssimo o serviço publico essencial que a empresa deve prestar.
Este é um exemplo do tipo de situações gravosas que decorrem da perda de controlo público sobre a TAP para as quais a CDU tem vindo a alertar e que levou, nomeadamente, à aprovação no Parlamento Regional de um Projecto de Resolução do PCP visando contestar a privatização da TAP e procurando assegurar que a empresa mantenha o mesmo nível de serviço à Região. Infelizmente, o Governo da República decidiu ignorar mais uma vez as preocupações dos açorianos.

Na intervenção em nome da organização regional dos Açores do PCP, Vitor Silva destacou as causas para a crise económica e social, e a incapacidade do governo regional de lhe dar resposta, desviando fundos públicos para os grandes grupos económicos da região, ao mesmo tempo que aumentam a pobreza, o desemprego e a exclusão social.


Na sua intervenção no encontro nacional, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou que as eleições legislativas deste ano são uma oportunidade real de mudança de políticas, que rompa com o cliclo de quase 40 anos de alternância entre os culpados pela situação do país - PSD, PS e CDS-PP. Hipótese que será tanto maior quanto maior for a luta dos trabalhadores e do povo português pelos seus direitos e aspirações, contra os mecanismos da União Europeia que amarram o país à dependência, à exploração e ao atraso económico.
A alternativa reside nas propostas do PCP - na renegociação da dívida, nos seus montantes, juros e prazos; na promoção e valorização da produção nacional e na criação de emprego; na recuperação para o controlo público de sectores e empresas estratégicas, designadamente do sector financeiro; na valorização dos salários, pensões e rendimentos dos trabalhadores e do povo; na defesa dos serviços públicos e das funções sociais do Estado, designadamente dos direitos à educação, à saúde e à protecção social; numa política fiscal que desagrave a carga sobre os rendimentos dos trabalhadores e das micro, pequenas e médias empresas e tribute fortemente os rendimentos e o património do grande capital, os seus lucros e a especulação financeira; na rejeição da submissão às imposições do Euro e da União Europeia, recuperando para o País a sua soberania, económica, orçamental e monetária.