Artigo de opinião de José Decq Mota
Temos ouvido, nos últimos tempos, com muita insistência, certos protagonistas políticos e alguns “comentadores” que não escondem a quem servem, tentar fazer passar a ideia que o crescimento já se estar a dar, embora a austeridade permaneça. Apesar dessas tentativas, o que vemos de forma clara é que muitas das consequências desta política cega de cortes, reduções salariais e desbaratamento do património público, se começam a revelar gravíssimas como se tem visto, por exemplo, no funcionamento dos Serviços Nacionais de Saúde e Educação, na generalização absoluta da precariedade nas relações de trabalho e na implementação de muitos programas ocupacionais, indignamente remunerados e castradores de direitos. A política em vigor impede o crescimento da economia e essa fase só se ultrapassa com uma verdadeira mudança de política, que só se dará quando a vontade política dos cidadãos puser em causa a rotatividade partidária (PSD; PS; CDS) dos últimos 38 anos.