No desenvolvimento de uma actuação política estreitamente ligada às populações e aos seus anseios, o Deputado do PCP na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, Aníbal Pires, deslocar-se-á à ilha Graciosa, entre os dias 28 e 30 de Junho. Com este conjunto de contactos e reuniões, o PCP Açores pretende conhecer directamente e dar visibilidade a alguns dos principais problemas sentidos pelos graciosenses e pelas suas instituições locais e contribuir para a sua solução. Do programa consta o seguinte:
Miguel Viegas, deputado do PCP no Parlamento Europeu, esteve esta semana em visita ao arquipélago dos Açores, tendo estado presente na Ilhas das Flores e na Ilha de S. Miguel. Esta visita, sempre em estreita articulação com as organizações locais do PCP insere-se no regular exercício dos mandatos dos deputados do PCP onde o contacto direto com as realidades concretas constitui uma prioridade ao longo de todo o mandato.
Na discussão da proposta do Governo para alterar o regime da primeira venda do pescado, o Deputado Aníbal Pires afirmou que, mais uma vez se perdeu uma oportunidade de proteger o rendimento dos pescadores. Para o PCP a proposta não garante o que era o seu objectivo principal, melhores preços e melhores rendimentos para os pescadores, não introduz mecanismos de protecção do rendimento dos pescadores, nomeadamente preços mínimos, como a reposição das margens máximas de comercialização, uma medida que, devidamente regulamentada e fiscalizada, poderia garantir que uma maior fatia do valor do nosso peixe ficasse na Região e revertesse para os nossos pescadores. Também não reduz o peso das muitas taxas que recaem sobre a primeira venda do pescado, nem o mar de burocracia que os pescadores têm de enfrentar actualmente.
A proposta do PCP que visava tornar anuais os concursos de professores foi hoje chumbada apenas com os votos contra do PS. O Deputado Aníbal Pires lamentou que, mais uma vez, o PS tenha imposto “a ditadura da sua maioria absoluta”. O Deputado do PCP apontou o paradoxo desta atitude, pois o PS concorda que é necessário repôr a anualidade dos concursos e apenas por “calculismo políticoeleitoral” não aprovou a proposta do PCP. Por isso, afirmou Aníbal Pires, é necessário que o Povo Açoriano acabe com a maioria absoluta ao PS que, desde o ano 2000, quando a ganhou pela primeira vez, esqueceu toda a humildade democrática.