O PCP Açores considera inaceitável que a operação do serviço público de transportes marítimos entre as ilhas do Faial, Pico e São Jorge esteja a ser assegurada por apenas uma embarcação. As alterações de horários prejudicam especialmente as populações da ilha de São Jorge, que têm de enfrentar uma viagem longa e lenta, em período nocturno, mas também colocam algumas dificuldades às evacuações de emergência de doentes da ilha do Pico.
Mais grave ainda, a qualquer momento a operação de transporte marítimo poderá ficar completamente paralisada e sem alternativas, caso haja algum problema no único navio que ainda navega.


E depois de todo o folclore, que vai prosseguir aliás, à volta de uma diferença de 500 milhões a esgrimir entre os dois apoiantes deste execrando orçamento, eis a soma das vontades em viabilizá-lo a valer mais que tudo, debaixo de uma espessa tempestade de areia atirada para os olhos de cada um, a que poderíamos dar o nome de código: O ORÇAMENTO É MAU MAS TEM DE PASSAR, PORQUE O PAÍS NÃO PODE VIVER SEM ORÇAMENTO.
Não há dúvidas que em demagogia e manipulação da opinião pública José Sócrates e o seu Ministro das Finanças são mestres, por outro lado o PS Açores depois do número circense à volta da Revisão Constitucional continua insistentemente na mistificação do espaço público regional em defesa da indefensável proposta de Orçamento do Estado (OG).
O rotativismo do poder político nacional tem motivado, desde 1976, uma alternância entre o PS e o PSD. Essa alternância tem impacto nos titulares, no pessoal de apoio, nos beneficiários de certas benesses, na definição de preferências no investimento (conforme a distribuição dos votos), na formação e acção das clientelas, mas não tem impacto significativo nas linhas de política que se aplicam, nem nos objectivos que se querem atingir. Por outras palavras, poderia dizer que sempre que um desses partidos substitui o outro no poder, “mudam as moscas mas a… política… é a mesma”!