Vítor Silva, Coordenador do PCP Açores afirmou que a solução encontrada para a SINAGA é um passo para o encerramento da empresa.
O PCP/Açores considera que o turismo é um complemento positivo para a diversificação da economia regional, no entanto, a maior parte dos benefícios desta atividade não reverte para o conjunto da sociedade açoriana, sendo absorvidos por grandes grupos económicos e pelo capital financeiro.
O crescimento do turismo, também tem revelado algumas insuficiências e carências da Região, por exemplo em termos de mão-de-obra qualificada e de oferta turística e hoteleira adequada e de qualidade, o que coloca a necessidade de reavaliação dos planos de ordenamento do sector.
Se, por um lado, este crescimento traz um inegável contributo positivo para a economia regional, a verdade é que por outro lado se verificam a ritmos e intensidades muito diferentes consoantes as ilhas, acabando por acentuar desequilíbrios na coesão regional.
O PCP/Açores volta a alertar que o sector do turismo não é, nem nunca poderá ser, de forma sustentável, substitutivo dos sectores produtivos. O seu peso relativo na economia regional demonstra-o, pois trata-se um sector em que a procura é incerta e do qual não é sensato ficar dependente.
Defendemos que o desenvolvimento dos Açores passa pela modernização do sector produtivo e transformador e a sua ampliação e diversificação, tendo em conta a necessidade de aumentar e diversificar a produção regional e assim reduzir a crónica dependência externa, pelo aproveitamento do potencial endógeno de cada uma das nossas ilhas e promover a sua complementaridade no contexto regional, pela melhoria dos salários e da qualidade do trabalho, condições essenciais no combate à pobreza e exclusão social bem como à emigração.
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Reunião entre o PCP e a Comissão Coordenadora da CGTP-IN/Açores
Nesta reunião do PCP com a Comissão Coordenadora da CGTP-IN/Açores mereceram particular ênfase os seguintes temas; o trabalho digno e com direitos, o desemprego, a precariedade laboral, o aumentos salariais, o descongelamento das carreiras e a progressão nas carreias profissionais, a falta de formação profissional, a discriminação entre mulheres e homens e a falta de condições de saúde e segurança no trabalho e o Plano e Orçamento Regional para 2018.
Nas questões salariais, em termos gerais, as entidades patronais nos Açores teimam em manter os baixos salários, esta é uma situação transversal a todos os sectores de actividade. O salário mensal de um trabalhador açoriano é, em média, o mais baixo, comparativamente com qualquer outro trabalhador português, sobretudo pela falta de negociação dos contratos colectivos de trabalho. Ao mesmo tempo, continua a verificar-se um número muito significativo de situações de atraso e falta de pagamentos de remunerações e subsídios, bem como de incumprimento com a Segurança Social e Finanças.
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