Confesso estar a ficar enfastiado! É a
omnipresença da pessoa do Primeiro-ministro, em dezenas de mensagens
que me caem todos os dias no correio electrónico, ou em títulos de
primeira página, constantes em qualquer tablóide ou ecrã. Pelo facto de
ser PM, há um indivíduo sobre quem se pretende fazer recair, todos os
dias, tudo o que de bom, ou de desgraças e reveses, acontecem no país.


No seguimento de outras reflexões aqui feitas, ocorre-me chamar hoje a
atenção para uma tendência política regional que, teimosa e
irracionalmente, se tem acentuado nos últimos tempos. Estou a
referir-me à claríssima tentação centralista que marca, agora de forma
cada vez mais forte, as atitudes, o pensamento e, principalmente, a
prática dos governantes açorianos.
O colectivo da JCP da Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade editou o seu boletim onde protestam contra as turmas e salas sobrelotadas, a falta de funcionários e equipamentos causados pela falta de investimento na educação dos governos do PS.
O PCP Açores está contra as medidas que o governo introduziu na Escola Profissional das Capelas (EPC), através do Decreto Regulamentar Regional 5/2010/A, recentemente publicado. Entre outras alterações, o governo pretende que a escola passe a ter um director executivo nomeado pela Secretária Regional da Educação e Formação, em vez de um conselho Executivo eleito democraticamente, como sucede nas restantes escolas da Região.