No Voto apresentado pelo PCP sobre o Dia Internacional da Mulher, que foi hoje aprovado por unanimidade no parlamento Regional, o Deputado Aníbal Pires denunciou a discriminação intolerável a que são sujeitas as trabalhadoras açorianas, nomeadamente em termos dos seus salários.
Assim, no ano de 2013, as mulheres açorianas recebiam, em média, menos 89 euros do que os homens. Um fosso que cresce, paradoxalmente, quando mais elevadas são as qualificações e a posição dentro das empresas. Assim, um quadro superior do sexo masculino recebeu, em média, nesse ano mais 642 Euros do que uma açoriana na mesma posição. O mesmo sucede com as qualificações. Enquanto uma trabalhadora açoriana com o Ensino secundário, recebeu em média menos 260 Euros que os seus colegas homens, ao nível do Mestrado esse fosso é de 355 euros.
Para o PCP, estes números espelham bem uma deficiência muito grave no funcionamento do mercado de trabalho nos Açores, que tem múltiplos efeitos directos e indirectos sobre a vida das açorianas e sobre as suas possibilidades, participação e sucesso na vida das nossas ilhas, a que urge dar resposta.