Bom Ano

jose_decq_motta.jpgNo próximo Domingo ultrapassamos a linha que divide o tempo que passou daquele que irá passar nos 365 dias seguintes. Vai o Ano Velho, fica o ano Novo. Com o Ano Velho não vai a realidade das coisas más, mas com o Ano Novo vem a esperança das coisas melhores.

A inteligência humana, na sua ânsia de sistematizar e organizar, vai criando as bengalas culturais onde todos nós nos seguramos. A afirmação da esperança que marca a vida é a base de todo o festejo, que repetimos com convicção e alegria, da Passagem do Ano. Cada ano que passa mais velhos estamos todos, por vezes mais experientes e outras vezes mais desiludidos. Mal estão os que pensam que o “Destino” é determinante e perdem assim a noção de que a intervenção de cada um é importante para definir o futuro. Quer no que toca à nossa própria vida, quer no que respeita à resolução dos problemas políticos (questões de vivência colectiva) a intervenção de cada um de nós é decisiva para a construção do futuro. Não se pense que quem explora a força do trabalho de forma desalmada vai fazer oferendas singelas. Não se pense que quem domina o Mundo da forma que vemos, vai abrir mão desse domínio por livre vontade! Os Novos Anos serão melhores se formos capazes de lutar para construir realidades melhores. É esta a minha profundíssima convicção. Se olharmos para a História é isso que concluímos. Não obstante isso desejo a cada um de vós, leitores e amigos, as maiores felicidades pessoais e familiares no próximo ano. Façam por isso. Bom Ano.

José Decq Mota em “Crónicas D’Aquém” no Açoriano Oriental