Aníbal Pires, Deputado do PCP Açores, criticou hoje a política do Governo Regional para o sector eléctrico dos Açores.
Por um lado, levantou interrogações sobre o projecto da geotermia na Terceira e defendeu a continuidade da exploração. Contestou também os cortes salariais que o Governo Regional queria aplicar aos trabalhadores da EDA, apenas para engordar os parceiros privados desta empresa. Por fim, criticou a nomeação de Duarte Ponte para Presidente do Conselho de Administração da EDA, como mais uma reforma dourada para um dos boys do PS Açores.


O PS Açores, aliando-se a PSD e CDS-PP, chumbou hoje no Parlamento Regional a proposta do PCP que visava dar mais autonomia e meios ao Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM), mesmo depois do PCP apresentar uma alteração visando criar consensos e esclarecer eventuais dúvidas dos restantes grupos parlamentares.
Considerando a ligação íntima, existente na ilha Terceira, entre as touradas à corda e as Festas do Divino Espírito Santo, não pode, todavia, a Representação Parlamentar do PCP Açores deixar de manifestar a sua discordância pela inclusão no programa das Comemorações do Dia dos Açores, de uma tourada à corda, evento no qual, obviamente, não participará.
Andámos várias semanas “embalados” com a ideia, vendida pelos institutos de sondagens, segundo a qual haveria “um empate técnico” entre o PS e o PSD no que toca ao resultado das eleições. Esse “empate”, proclamado até à náusea, era muito conveniente para o PS, que assim poderia apelar ao voto útil à esquerda, mas era também útil ao PSD que assim poderia limitar o crescimento do PP!
5 dias depois de 25 de Abril de 1974, no dia do Trabalhador, um milhão de pessoas, em liberdade e de mãos dadas em Lisboa, assinaram com o país renascido da longa noite salazarista um novo contrato social. Para além do fim da guerra colonial, o povo na rua clamava de viva voz por direitos elementares como o emprego e o subsídio de desemprego, o salário mínimo, as reformas e a segurança social, o direito a férias, à igualdade e à segurança no trabalho, a liberdade sindical, o direito à saúde e à educação, e de imediato estes passaram à lei e à prática. O país emergiu, assinou o contrato e andou para a frente afrontando a pobreza, a miséria e o fosso que separava ricos e pobres.