O Presidente da Republica prometeu um 2º mandato interventivo e está a cumprir!O Presidente teve a ver com a queda do governo de Sócrates; deu ambas as mãos à intervenção externa; teve a ver com a composição do governo actual; tem-se multiplicado em declarações, que constituem verdadeiras orientações aos governantes executivos. Temos, sem dúvida, um Presidente interventivo, mas com um tipo de intervenção muito má e que cada vez se vai tornando pior.


A proposta do PCP Açores visando recusar as medidas do FMI que vão determinar um duplo aumento de impostos sobre as famílias açorianas foi hoje rejeitada pelo Parlamento Regional, com os votos contra do PS e abstenções do PSD e CDS-PP.
A continuidade da aldrabice sistemática a que Sócrates nos habitou e à custa da qual logrou durante anos ir governando em desfavor dos iludidos, aí está escancarada nas primeiras medidas do Governo PSD/CDS. É um (e cada vez mais) violento assalto, clandestinamente congeminado antes das eleições e agora insolente e sem aviso prévio, ao património nacional e aos cidadãos portugueses. Referindo-se ao compromisso com a troika mas fugindo a aclarar o respectivo conteúdo (escudado sobre mentiras), nenhum programa eleitoral de qualquer dos dois partidos, hoje governo, anunciou aquilo que desde logo se propõem executar: Vender Portugal, e de imediato as empresas estratégicas da economia, à talhada como carne de picanha, e lancetar em 50% os rendimentos passíveis de IRS de pelo menos metade dos portugueses. Tudo isto para evitar, sem êxito algum, o “lixo” para onde os esbulhadores mercados financeiros, à semelhança do que aconteceu na Grécia, não deixaram de remeter logo de seguida a dívida portuguesa.
Aníbal Pires, Deputado do PCP Açores, confrontou hoje a direita no Parlamento Regional com o seu programa de mais sacrifícios para as famílias e para os trabalhadores, entre os quais se destaca o anunciado roubo de metade do subsídio de Natal, enquanto deixa intocados os privilégios e as benesses para os grandes grupos económicos.