A Comissão de Ilha da organização do PCP de São Miguel reuniu ontem, dia 21 de Setembro, para analisar a presente situação social e económica vivida na ilha e na região.Num período marcado pelo agravamento da situação do País e da região, pela ofensiva contra os trabalhadores, contra os direitos sociais e laborais, por uma intensiva exploração dos trabalhadores, pela insuportável situação que vivem centenas de micro, pequenas e médias empresas, que suportam mais de 80% do emprego, pela recessão económica que se acentua também na região, a organização do PCP em São Miguel vem denunciar a grave situação que se vive na ilha e afirmar que é imperioso dar resposta aos problemas.


O recente anúncio do
Ministro-adjunto, segundo o qual a RTP/A passará a ter um tempo
diminuído de antena, situado entre as 19H00 e as 23H00, levantou um
amplo debate, do qual sobressaem três questões centrais: a existência,
ou não, de um serviço publico regional de televisão e rádio; a qualidade
actual do serviço prestado pela RTP/Açores; as verdadeiras contas do
funcionamento actual da RTP/A (televisão e rádio).
Deixando no Terreiro do Paço, apadrinhados por si, uma ditadura de
mercados e um governo (de “canalhas”, como foi classificado por Samuel,
um cançonetista e um pensador português da actualidade) com ordem para
escavacar tudo o que é Estado (incluindo as Autonomias Constitucionais)
sem deixar nada no lugar daquilo que existia, em nome de uma abençoada e
impagável dívida, veio candidamente de visita às ilhas mais pequenas
dos Açores o Sr. Presidente da República, segundo ele para “dar uma
ajuda ao reforço da coesão nacional”.
A Direcção Regional do PCP Açores analisou os traços mais salientes da situação política regional e nacional e definiu as tarefas imediatas da organização no plano partidário e institucional. Estas tarefas ligam-se inevitavelmente à necessidade de dar resposta à ofensiva contra as condições de vida dos açorianos e ao ataque à Autonomia dos Açores, levado a cabo em nome da ingerência e agressão externas de que Portugal é alvo. Destaca-se assim, o lançamento de uma campanha de esclarecimento e mobilização dos açorianos, pela rejeição do programa de agressão ao Povo e ao País, contra o roubo no subsídio de Natal e contra o gravíssimo ataque à Autonomia açoriana que ele implica.