Dentro de poucos dias termina o ano de 2011 e inicia-se aquele que se segue nesta marcha infinita que é o tempo. Termina um ano a muitos títulos mau, numa época em que domina quem quer acentuar desmedidamente a exploração dos seus semelhantes. Termina um ano de ataque feroz aos direitos de quem trabalha e de quem vive de rendimentos do trabalho, por conta de outrem ou por conta própria. Termina um ano em que, em Portugal e na Europa, foram dados passos terríveis no sentido de tentar anular muitos aspectos das transformações sociais positivas que foram construídas no século XX.

Com a adesão ao euro em 2001, Portugal, enquanto Nação, cedeu na sua soberania monetária, ficando impedido de mexer por sua própria vontade nos câmbios e juros com vista a modular e orientar a criação de riqueza, as exportações e a dinâmica do seu mercado interno.