À frente de um governo do PS com o PSD, já lá vão 30 anos, e na sequência do descontentamento popular provocado pelas medidas de austeridade então impostas pelo FMI a Portugal (em vias de adesão à Comunidade Económica Europeia, hoje União Europeia), Mário Soares desencantou uma frase milagrosa para exorcizar as dificuldades daqueles que há bem pouco tempo, em 25 de Abril de 74, pensavam ter-se visto livres de muitas delas: “Já se vê uma luz ao fundo do túnel…”Em Outubro de 2008, satisfeito com a decisão da Comissão Europeia de injectar dinheiro nas instituições financeiras em situação crítica, através da aquisição pelo orçamento comunitário dos activos tóxicos (ou voláteis, ou lixo, como queiram) acumulados pelos negócios fraudulentos daquelas, Durão Barroso, com grande originalidade anunciou que para a reversão da crise: “já se vê uma luz ao fundo do túnel…”, e foi precisamente quando, pelo menos para o nosso país, para a Irlanda, para a Grécia e para a Espanha (falta saber quem é o senhor que se segue), a crise se agravou de forma súbita e exponencial!


Se olharmos um pouco para trás, neste tempo que avança com grande rapidez, vamos perceber que muitos acontecimentos políticos, factos e situações, que por vezes nos espantam quando surgem, são, afinal, peças de uma estratégia minuciosamente pensada e executada e que visa consolidar o poder da ideologia que domina.
No âmbito da discussão e votação do relatório Dess, sobre o futuro da PAC pós 2013, que terá lugar hoje e amanhã, respectivamente, os deputados do PCP ao Parlamento Europeu apresentaram um conjunto de propostas de alteração ao relatório, nas quais se incluem questões essenciais para a salvaguarda do futuro da agricultura nacional.
O PCP Açores lamenta que o Projecto de Resolução do PCP para que o Parlamento Regional se pronuncie sobre as medidas do acordo de ajuda externa que concernem os Açores tenha sido uma vez mais adiado, ao não ter sido agendado pela Comissão Parlamentar de Economia.