Transitamos de um ano para outro com a sensação
estranha de ir do errado para o incerto. O ano de 2008 foi um ano
esquisito mas revelador. Muitas “certezas” ruíram, novos e inesperadas
situações apareceram e muitas aflições se aprofundaram. O ano de 2009
“recebe” bancos falidos e um sistema financeiro podre, um Presidente
dos EUA historicamente inesperado e milhares de milhões de pessoas sem
qualquer confiança no futuro.

No final deste ano civil, julgo ser positivo
ponderarmos e analisarmos algumas das questões inerentes à Educação
Pública, na Região Autónoma dos Açores, os seus compromissos e
expectativas, os seus responsáveis, bem como quais os caminhos que
estes deverão tomar para enaltecer a prática educativa das escolas
públicas da Região, integrando-a, ao mesmo tempo, na relação do poder
político cujos destinos da Educação carrega, com os meios e
destinatários da política educativa, nomeadamente os professores,
pessoal auxiliar e técnico e instalações escolares, bem como os alunos,
destinatários últimos das opções e consequências dessas mesmas opções.
A apressada manobra ensaiada por José Sócrates e pelo PS para ver nos
resultados das eleições regionais dos Açores um sinal de apoio às
políticas do Governo é, não só manifestamente infundada, como
absolutamente despropositada.