CDU AçoresCDU Açores

  • Entrada
  • Temas
    • Parlamento Regional
    • Assembleia da República
    • Parlamento Europeu
    • PCP
    • PEV
    • Economia
    • Trabalhadores
    • Serviços Públicos
    • Saúde
    • Educação e Cultura
    • Transportes e Turismo
    • Justiça
    • Acção Social
    • Ambiente e Mar
    • Outros temas
  • Ilhas
    • Santa Maria
    • São Miguel
    • Terceira
    • Graciosa
    • São Jorge
    • Pico
    • Faial
    • Flores
    • Corvo
  • Opinião
  • Contactar
    • Sedes da CDU
  1. Entrada
  2. Opinião
  3. Sadismo administrativo
08 março 2012

Sadismo administrativo

  • Imprimir
  • Email
Twitter
Mário AbrantesNa versão idiossincrática e impositiva dum ministro executor da troika, denominado Marquês de Relvas, à martelada ou à marretada, como quiserem (isto é sem ligar patavina ao que pensam os interessados), foi aprovada na generalidade pelo PSD e pelo CDS na A. da República, contra a opinião de todos os outros, a lei da extinção de freguesias a que o governo de Passos Coelho decidiu sem vergonha chamar de “reforma da administração local”.

Vai passar-se agora à discussão na especialidade (artigo a artigo) e só depois à votação final global. E uma certeza desde já existe: Até lá (e mesmo depois da lei aprovada ou não), vai correr muito mais tinta que aquela que o sádico Marquês, experimentalista em sangramentos sociais, imaginaria...

É que, citando uma incontornável autoridade em administração e planeamento regional, como é o investigador universitário Demétrio Alves, antigo presidente da Câmara Municipal de Loures: “É quase surreal que, numa conjuntura como a actual, de profunda crise económica, financeira e social, se queira forçar esta reforma, que seria sempre difícil e complexa em si mesma, quanto mais quando conduzida sob a batuta coerciva e anti-democrática dos princípios defendidos pelo ministro Relvas em nome da troika.”
Bem bastam os conflitos e as sangrias sociais já em curso que a política de desastre socioeconómico do Governo PSD/CDS abriram contra os portugueses, em nome de uma dívida incobrável e do controlo incontrolável do défice. A maioria PSD e CDS ainda não percebeu que mais esta operação dolorosa e dispendiosa de cosmética administrativa, é desprovida de fundamento e justificação e, depois de poupados tacticamente os municípios e ficando-se pela extinção de freguesias, como aconteceu, pouco satisfará a sede troikista dos cortes na despesa autárquica que o PS também assinou?
A maioria PSD/CDS ainda não percebeu que o mesmo plano foi aplicado na Grécia sem qualquer resultado positivo e que só piorou o serviço prestado à população, agravou a eficiência do poder local e não reduziu quaisquer custos?
A maioria PSD/CDS ainda não percebeu que, tal como acontece nos países parceiros da Europa, a administração local tem a ver com os cidadãos, as sociedades, as paróquias e a sua história, não se tratando de uma mera questão tecnocrática, e de desenho territorial de esquadria, que possa ser resolvida a curto prazo, extinguindo, por exemplo, centenas de freguesias rurais cujas populações, após o encerramento de todas as outras, já só têm por instituição pública de recurso a sua Junta de Freguesia?
E que têm a dizer os dirigentes regionais do PSD e do CDS, sobre o facto totalmente absurdo de os seus parceiros nacionais quererem, comparando-as com Coimbra (101.000 habitantes), obrigar a cidade da Ribeira Grande (13.000 habitantes), de Angra (11.000 habitantes) ou de Ponta Delgada (22.000 habitantes) a terem freguesias urbanas obrigatoriamente com mais de 15.000 habitantes, enquanto cidades como Beja (23.500 habitantes) e Évora (41.200 habitantes), apenas ficam obrigadas a um mínimo de 1.000 habitantes para sustentarem a manutenção ou a criação dessas mesmas freguesias?
Que tem a dizer a Autonomia Regional sobre a aprovação de uma lei que trata a freguesia da Relva (3.000 habitantes) e a de Fátima (11.600 habitantes) como idênticas “agregações urbanas”?
O Parlamento Regional emitirá em breve parecer sobre este aborto administrativo. Resta saber se a maioria assumirá a coragem e a responsabilidade suficientes para chamar os bois pelos nomes…

Artigo de opinião de Mário Abrantes, publicado no dia 8 de Março de 2012

  • Anterior
  • Seguinte

Mais recentes

Um Plano e Orçamento que não responde ao que é essencial para os açorianos e conta com o apoio de Chega e passividade de PS 04 dezembro 2025
Privatização da Azores Airlines e do handling: Um erro que custa milhões aos Açorianos 25 novembro 2025
PCP Açores denuncia agravamento das desigualdades e apela à mobilização dos trabalhadores 17 novembro 2025
Propostas de alteração ao Orçamento de Estado para 2026 com especial interesse para os Açores 13 novembro 2025
Privatização da Azores Airlines: um negócio cada vez mais obscuro que ameaça os Açores 11 novembro 2025

Siga-nos no Facebook

Siga-nos no Facebook

Jornal «Avante!»

Jornal Avante! Órgão Central do PCP (todas as quintas-feiras nas bancas)

Boletim Informativo do PEV

Boletim Informativo Quinzenal do PEV
  • Entrada
  • Temas
    • Parlamento Regional
    • Assembleia da República
    • Parlamento Europeu
    • PCP
    • PEV
    • Economia
    • Trabalhadores
    • Serviços Públicos
    • Saúde
    • Educação e Cultura
    • Transportes e Turismo
    • Justiça
    • Acção Social
    • Ambiente e Mar
    • Outros temas
  • Ilhas
    • Santa Maria
    • São Miguel
    • Terceira
    • Graciosa
    • São Jorge
    • Pico
    • Faial
    • Flores
    • Corvo
  • Opinião
  • Contactar
    • Sedes da CDU