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28 janeiro 2015

Grécia

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Mário AbrantesArtigo de opinião de Mário Abrantes

Na União Europeia de hoje as eleições, em lugar de uma regra saudável e indispensável ao regime democrático, passaram a ser uma fonte de preocupações. A arrogância de autoridades nomeadas pelos governos (não eleitas portanto) chega ao ponto de se acharem no direito de dizer aos eleitores de um qualquer Estado membro como hão-de votar, ameaçando, caso não o façam no sentido “correto”, que no dia seguinte “as máquinas de multibanco ficam fora de serviço”, como dizia o jornalista da RTP – José Rodrigues dos Santos, a prestar (um péssimo) serviço na cobertura que fez das eleições gregas.

 

Depois dos resultados consumados, a arrogância aparentemente acalmou um pouco, mas a mera hipótese anterior, que felizmente se veio a confirmar, da vitória eleitoral de um partido que se afastasse da social-democracia tradicional (como o PSD ou o PS em Portugal) e que questionasse a troika e a austeridade, provocou ameaças, quedas na bolsa, subidas nos juros (até 10%), interrupção de programas de financiamento, afastamento da Grécia do âmbito das medidas tomadas pelo BCE para outros países, intromissões políticas e atos de chantagem externos de toda a ordem.

Com razão se diz portanto que a democracia na UE está transformada em simples papel de embrulho que empacota (e encapota) a ditadura de uma oligarquia financeira dominante. Sob o pretexto de ajudas e tutelas envenenadas a países em estádios diferentes de desenvolvimento e subvertendo o princípio da coesão, geram-se dívidas insustentáveis que posteriormente levam os seus credores a pretender condicionar as liberdades e a asfixiar a soberania económica, social e até legislativa de Estados inteiros, como aqueles a quem depois de forma depreciativa apelidaram à boca pequena de PIIG’S (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha) …

Na versão grega desta condenável política, submeteu-se pelo medo e pela chantagem um país a 6 anos de recessão, massacrou-se um povo inteiro em nome de regras que se diziam (e dizem, como apressadamente Passos Coelho veio reafirmar) incontornáveis, e desrespeitou-se globalmente uma nação com 3.000 anos de existência que foi berço histórico da Política, da Democracia, da Filosofia e do Teatro.

E tal como o povo grego recuperou de 450 anos de ocupação turca e derrotou mais recentemente a ditadura dos coronéis, também no ato eleitoral de domingo passado, com dignidade e coragem, assestou uma pesada derrota nesta União Europeia das políticas da troika, da austeridade e das chamadas “reformas estruturais”, demonstrando ao seu diretório, aos seus agentes do interior (Nova Democracia e PASOK) e ao mundo, que é possível não ceder à chantagem e vencer o medo. Que o Povo pode ser soberano, que condena claramente aquelas políticas, que anseia por um novo caminho e que está disposto a percorrê-lo.

Na Grécia, foi uma certa Europa, aquela que nos trata como PIIG’S, que foi julgada, sentenciada e condenada. O mesmo pode acontecer em Espanha ou em Portugal (que terão eleições este ano), por mais diferentes que sejam as situações de cada um desses países, porque são os mesmos o domínio e a opressão que os sujeitam.

Se uma outra Europa é possível, o futuro o dirá, mas que ela só sobreviverá tendo por base o respeito mútuo, a afirmação da dignidade nacional e uma aliança voluntária entre povos e nações livres, foi a mensagem forte que, no recente ato eleitoral, o povo grego de alguma forma se encarregou de nos transmitir...

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