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  3. 2011/2012 – Aldrabice versus Patranhada
29 dezembro 2011

2011/2012 – Aldrabice versus Patranhada

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Mário AbrantesImportado pelos “mercados”, em meados de 2011, por via da aldrabice, instalou-se na Casa Portuguesa um grupo de hóspedes indesejáveis cuja missão foi a de, invocando a necessidade de aplicar um conjunto de medidas de austeridade essenciais para preservar a habitabilidade da Casa onde se instalaram, retirar espaço vital a todo o povo que nela habitava, convidando-o, em última instância, a abandonar a Casa por excesso de lotação…
Porque era necessário, tapar buracos, pagar dívidas e reduzir um défice, originados em primeiro lugar pelo ainda impune regabofe financeiro dos “mercados” a que a aldrabice chamou “vivermos acima das nossas possibilidades”, tomaram-se de imediato medidas que todos conhecem, mas o resultado foi que o défice real de 2011, excluída a aldrabice da transferência para os cofres do Estado dos fundos de pensões dos bancários, afinal se ficou pelos 8%, isto é, muito acima dos 5,4% cujo cumprimento serviu de pretexto às medidas tomadas. E, para o agravar, aí está um acréscimo de 3.700 milhões de juros sobre a dívida engrossada em 2011, para pagar em 2012. Em resumo: A aldrabice disse-nos que o importante era pagar dívidas e reduzir o défice, mas a realidade demonstrou-nos que o importante…era aplicar as medidas!
Já com o país a rodar em recessão, para ser possível aplicar mais medidas em 2012, a aldrabice vai virar patranhada. Começa por substituir o nome da austeridade por “reformas estruturais”, e de patranha em patranha, exibirá as cenouras da consolidação orçamental (cada vez mais longínqua), e do pagamento da dívida (sempre crescente), para tentar manter sugestionado um povo “convidado” a empobrecer e a emigrar por conta das ditas reformas.
Parecendo seguir as pisadas de pré-campanha da líder regional do PSD, aí estão as belas intenções a pretender acobertar as piores medidas reais:
O Ministro da Saúde afirmou que em 2012 gostaria que todos os portugueses tivessem acesso a um Serviço Nacional de Saúde universal e com qualidade. Entretanto, na renegociação com a troika em finais de 2011, este mesmo senhor acordou, para 2012, cortar 1.000 milhões de euros nas despesas da saúde, isto é, mais 450 milhões que o inicialmente previsto…
O Ministro da Economia afirmou que a facilitação dos despedimentos, os cortes nos feriados e nas férias, e o aumento não pago de meia hora diária de trabalho em 2012 são para aumentar a produtividade e a criação de emprego. Ora em período de recessão, o mais importante para as empresas não é aumentar a produção mas conseguir escoar o que produzem! E aí estiveram elas, desmentindo a coerência dessas medidas e ao arrepio do governo, a conceder tolerância de ponto no dia 26 de Dezembro; aí está de facto um roubo adicional aos salários de mais cerca de 6% (enquanto os custos do trabalho para as empresas pouco decrescem); aí está a possibilidade criada de despedir efectivos sem justa causa para admitir precários em seu lugar…
“Democratizar a economia” (para Passos Coelho) afinal será, depois de tantas outras, a fechar com a EDP em 2011, vender o que resta das jóias da Casa (TAP, ANA, CTT, Seguros da CGD, CP Carga, etc.). Para quê? Para simular a redução de um défice que estará sempre acima do pretendido. Para fingir que se pagam dívidas criando cada vez menos riqueza…Uma patranhada de todo o tamanho cujo resultado será simplesmente mais exploração, mais desigualdades, menos capacidade produtiva e mais hipoteca do futuro dos portugueses no próximo ano.
Que 2012 se transforme no ano da verdade, onde acima da dívida esteja a sua renegociação e acima do controlo do défice esteja a criação de riqueza, de preferência sem hóspedes indesejáveis em nossa Casa, são os meus votos!

Artigo de opinião de Mário Abrantes, publicado em 29 de dezembro de 2011
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