Estou na CDU como independente e entrei na lá por um convite que me foi feito por outro independente, depois notei que era um espaço muito interessante pois permiti-me apresentar as minhas ideias e dar as minhas opiniões livremente e seriamente.
Comecei a apreciar os meus companheiros que são filiados no PCP e tenho que admitir que ganhei uma grande admiração pela sua entrega ao Partido mas sobretudo aos dogmas que este partido defende e que são vistos por muita gente como se duma heresia se tratasse.
Assim apercebi-me que a grande diferença dos militantes do PCP é que realmente acreditam que o caminho para um sociedade mais justa e igualitária tem que passar pela defesa do trabalho com direitos, da educação, da saúde, da habitação e da igualdade de todos perante o Estado e a Lei.

Se formos a ver os programas dos outros partidos, também estão lá a defesa destes princípios mas com uma grande diferença é que em primeiro lugar está a defesa do Capital e da manutenção não das classes, que setas já eram, mas sim dos privilégios que o dinheiro e o poder trazem.
Para os militantes do PCP, primeiro vêm as pessoas e a sua condição como seres humanos e os privilégios são substituídos por direitos que pertencem a todos e não a uma classe.
Obviamente que todos referem logo a Rússia, a China, Cuba, etc. e esquecem o Hitler, Mussolini,  Franco,  Salazar, etc.
Qual foi a teoria politica que teve sucesso absoluto, que saiba nenhuma todos tiveram coisas boas e coisas más, a diferença é que uns procuram só o seu bem e outros procuram o bem comum para todos.
Se formos a ver, hoje, muitos falam contra o sistema actual, uns dizem que o Neolibralismo já deu outros teimam ainda em o manter e em querer continuar este caminho que é sempre foi e será insustentável.
Todos nós sabemos por experiência própria que é impossível ter salários sempre a crescer, assim como lucros sempre a subir, como é impossível manter os Lucros e a banca completamente desregulada, porque acontece aquilo que agora estamos a passar e é completamente insustentável.
O que me surpreende e espanta é a enorme capacidade que as pessoas têm de persistir no erro, sobretudo aqueles que trabalham por conta de outrem e são explorados até à medula e que esqueceram, que as poucas regalias e os vestígios de direitos que ainda têm devem sem sombra de dúvidas à Esquerda e sobretudo ao PCP que no parlamento sempre foi lutando e evitando algumas leis que agora serão uma realidade.
Este é o meu grito de basta, que me leva a unir a minha voz à voz da geração à rasca e de todos aqueles que trabalham e sentem na pele e no corpo todo a enorme injustiça de mais uma vez sermos nós a pagar os erros, os roubos, corrupção e a desfaçatez de alguns que só se preocupam consigo e vêm dizer que são eles os grandes defensores da democracia e dos trabalhadores, mas na realidade a única e exclusiva coisa que defendem, são em primeiro lugar o poder que lhes proporciona os meios para alcançarem os privilégios a que estão habituados.
Claro que este é o meu testemunho e tem o valor que tem, mas penso que se todos pararem uns minutos para reflectir verão que não estou longe do caminho que nos poderá trazer confiança e futuro.
Jaime Pacheco