O PCP criticou hoje a ausência uma política de valorização dos rendimentos de quem trabalha na região. Em particular, o chumbo pelo PS da atualização da Remuneração Complementar, proposta pelo PCP, demonstra bem que interesses o Governo Regional está a servir. Os preocupantes níveis de precariedade e a ausência de dinamização da contratação coletiva são também factos que contribuem para a diminuição da qualidade do emprego e para manter muitos trabalhadores em situação de pobreza.
Este é o resultado da convergência entre PS, PSD e CDS-PP em questões essenciais, onde sobressai a sua força quando se trata de reduzir direitos ao povo e aos trabalhadores - nomeadamente nos seus rendimentos e condições de trabalho -, ao mesmo tempo que apresentam as mãos largas quando se trata de transferir recursos financeiros que são de todos para os grandes grupos económicos.
A União Europeia, que mais não tem feito que destruir a produção regional (em particular na agricultura e pescas), é hoje um sorvedouro do orçamento nacional, com contribuições do país muito superiores às verbas que recebemos atualmente. Mas se não fosse suficiente, estaremos perante novo aumento dessas contribuições, e perante novos cortes na política de coesão.
O PCP valorizou as lutas em curso, dos trabalhadores da Adminstração Pública Regional, da COFACO, dos Professores, entre muitas outras, e declarou o seu compromisso com um desenvolvimento da região que tenha em conta a melhoria das condições de vida dos açorianos.