Declaração da CDU por José Decq Motta

autarquicas_05.jpgSenhoras e Senhores Jornalistas A pré-campanha eleitoral para as eleições autárquicas de 9 de Outubro está perto do fim, os seus principais momentos estão concretizados, os programas e os candidatos estão apresentados, pelo que, no entendimento da Candidatura da CDU é este o momento adequado de se transmitir à opinião pública a análise que fazemos da situação política local.

É também, no nosso entender, este o momento adequado da Candidatura se pôr à disposição dos Meios de Comunicação Social, por forma que as matérias que eventualmente, possam no entender dos senhores jornalistas, carecer de explicação sejam apresentadas. Uma das características mais salientes do momento actual reside no facto de ser perceptível que das cinco candidaturas presentes à Câmara Municipal, três delas estão em clara posição de disputa da vitória. A pré-campanha mostrou que a presidência da Câmara está efectivamente a ser disputada pelos candidatos da CDU, do PSD e do PS e não apenas entre os candidatos do partido que exerce a presidência (PS) e do partido que já exerceu a presidência (PSD).

A opinião pública faialense, muito desgastada com uma gestão autárquica de má qualidade exercida pelo PS durante 16 anos e pelo claro abandono a que o Governo Regional do PS tem votado o Faial, sente que é preciso mudar e esse dado é visível no comportamento e nas declarações dos cidadãos. A opinião pública faialense também não esquece que de 76 a 89 o PSD governou o Município de um modo em geral desadequado e com os mesmos tipos de vícios que o PS mostrou nestes últimos 16 anos. A opinião pública faialense recebeu muito bem a oportunidade para mudar que os candidatos e o programa da CDU constituem de forma absolutamente clara. O facto de termos demonstrado, na composição das listas, que há muitos cidadãos empenhados em reforçar essa oportunidade para mudar; o facto do Programa dar respostas objectivas e realistas e o facto dos candidatos darem garantias, incluindo pessoais, de adoptarem um estilo participativo e muito empenhado, constituem razões fortes para a boa aceitação que a nossa candidatura está a ter.

Gostaria de, neste momento, e na qualidade de candidato a Presidente da Câmara de assegurar publicamente que eu próprio e os vereadores independentes, preparados e competentes que me acompanharão em caso de vitória, tudo faremos para lançar, da base da sociedade ao topo dos órgãos eleitos, um vasto processo de diálogo que terá como objectivo principal a valorização do Faial, o seu desenvolvimento socio-económico e cultural e a melhoria da qualidade de vida das populações. Sei que é isto que esperam de nós e também sei que é este compromisso solene que nos une a todos e que nos liga à sociedade. Senhores Jornalistas As últimas duas semanas foram marcadas por uma invulgar presença do Senhor Presidente do Governo na nossa Ilha. Foi lançada a 1ª pedra da Escola Secundária; foi inaugurado o ano escolar; foi recebida a Direcção do Clube Naval da Horta para lhe ser dito que a nova sede irá avançar; foi feita uma Sessão Solene do 1º Aniversário da atribuição de Honras de Panteão a Manuel de Arriaga. Esta assiduidade do Presidente, associada à natureza do programa – todo ele concebido para serem repetidas promessas – demonstram que o PS sabe que tem comprometida a Câmara da Horta. Esta pressão do Presidente do Governo, associada às obras apressadas que estão em curso não são, entretanto, no nosso entender, suficientes para obscurecer a necessidade que há de haver uma mudança verdadeira.

A candidatura do PSD por seu turno, quer através de declarações próprias, quer através de artigos de apoio, esforçou-se, neste período, por aparecer como alternativa, afirmando mesmo que é a única alternativa. A história municipal da Horta, a gestão autárquica do PSD exercida em muitos concelhos da Região e a falta de objectividade com que são analisados, em termos redutores, os nossos problemas, fragilizam muito essa postura do PSD/Faial. Vivemos um período interessante da nossa vida local, período esse em que o Faial pode ter, de facto, um contributo decisivo para a evolução do funcionamento do poder local, escolhendo a oportunidade para mudar que a nossa candidatura constitui. Senhores Jornalistas Em pouco mais de uma semana as três candidaturas que disputam a presidência da Câmara fizeram as suas apresentações e tiveram a mesma expressão pública de apoio; participaram num debate televisivo, que cabe aos eleitores ajuizar; divulgaram as suas propostas e firmaram os seus objectivos. Vamos para a Campanha sentindo que o apoio à Oportunidade para Mudar expressa pela nossa candidatura está, claramente, a subir e a afirmar-se e isso enche-nos de alegria e ao mesmo tempo reforça a nossa determinação. Muito obrigado.

José Decq Mota