O jogo do poder

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José Decq Mota

As situações que vivemos têm responsáveis. São os que estão no poder há seis anos, como são os que, de há longos anos, têm realizado ou apoiado a política de direita e de submissão ao grande capital financeiro. Esses responsáveis têm nomes: são os dirigentes do PS, do PSD e do CDS/PP.
 O grau de responsabilidade directa sobre os problemas mais agudos da actualidade variará certamente, mas a responsabilidade estratégica é semelhante entre todos eles. Todos eles, actuais e antigos dirigentes principais desses partidos, visaram, com o que fizeram e deixaram de fazer, aumentar o grau de dependência do País em relação ao estrangeiro, reorientar o sector produtivo enfraquecendo-o perigosamente, criar negócios fáceis, quase sempre especulativos, destinados a ambiciosas clientelas, fazer retroceder importantes e decisivas conquistas sociais e laborais.

Todos eles foram sempre (e são) totalmente subservientes em relação aos mandantes da União Europeia, aos interesses do grande capital financeiro e a todos os que, à escala mundial, estão a construir uma globalização imperialista. Todos eles geriram os meios públicos de acordo com os seus interesses políticos imediatos e com total desprezo pelo verdadeiro interesse colectivo.
Nos dias de hoje continuam, desenfreadamente, a jogar esse desprezível jogo do poder, convencidos que são eternos e convencidos que vão continuar, até ao fim do tempo, a “espremer a laranja” que pensam que este Povo é!
Sócrates, Passos Coelho e Paulo Portas comportam-se, neste período eleitoral, como se fossem os “donos da quinta”. “Guerreiam” mas estão todos, no essencial, à espera das ordens da chamada “troika”.
Enquanto este jogo de poder, entre iguais, prossegue, é preciso criar força social e política para uma verdadeira mudança que salve o País!
2 de Maio de 2011
José Decq Mota